Em tempos de crise, há muitos que veem oportunidades
– e arriscam arrancar com o seu
próprio negócio -, onde outros
nada veem. Sim, criar uma empresa é um bicho-de-sete-cabeças, mas são cabeças simples,
desde que a ideia esteja bem estruturada e que saiba as portas
certas onde bater. Se pensa que
criar um negócio é um ‘bichode-sete-cabeças’… está absolutamente correto.
Com a ajuda da Ideias & Negócios, este
‘bicho’ possa ser descomplicado:
1- Ter Uma Ideia
Um projeto empresarial pode ter
várias fontes de inspiração: a sua
experiência profissional, hobbies
ou a constatação de uma necessidade do mercado💪.
O fundamental é não perder a noção de que o
projeto tem de ser, acima de tudo,
realista.
Nesta fase, deve colocar à prova
o seu perfil de empreendedor,
bem como analisar a viabilidade
da ideia, respondendo a algumas
questões: “Tenho um perfil empreendedor?😕 A quem se destina o
meu produto/serviço? O mercado
necessita daquilo que tenho para
oferecer? Que produtos/serviços
tenho para oferecer? Quais os
benefícios do meu produto/serviço? Quem é a minha concorrência e como posso diferenciar-me
dela? Que preço cobrar? Qual o
investimento inicial de que vou
precisar? Como vou financiar o
projeto? Qual a melhor localização para o negócio? A atividade
que quero desenvolver carece de
algum licenciamento especial?
Existe algum tipo de apoio para a
minha atividade? Como vou escolher os meus sócios e qual o número de sócios ideal para o projeto?”.
Não se esqueça: algumas ideias,
pela sua inovação, deverão ser
protegidas legalmente.
2- Testar a Ideia
Já lá vão os tempos em que “o
segredo é a alma do negócio”.
Hoje em dia, não faz sentido criar
uma empresa se o mercado não
precisar do produto/serviço que
tem para oferecer. Por isso, enquanto empreendedor, o melhor
que pode fazer é falar sobre o seu
projeto com pessoas que sejam da
sua confiança.😃
Mais tarde, deve
ainda apresentá-lo a potenciais
clientes, de forma a tentar avaliar
as potencialidades da ideia.
É também nesta fase que vai
começar a procurar informação
sobre como concretizar o seu
negócio: fazer um levantamento
das questões legais a cumprir,
consultando entidades competentes nesta matéria (as questões
legais variam de acordo com a
tipologia dos negócios).
3- Selecionar a Equipe Coreta
Esta é a altura em que vai fazer
uma primeira abordagem à constituição da sua equipa. Rodeie-se
de parceiros (eventuais sócios)
que possam enriquecer o projeto, não só pela sua capacidade
de investimento financeiro, mas
também pelas suas qualidades
técnicas. Procure pessoas que
partilhem a sua visão de negócio
e ambição, para evitar posterioresincompatibilidades e ruturas na
gestão quotidiana do negócio. Se
apostou numa área na qual não
tem particular experiência e conhecimento, pode suprir eventuais lacunas de formação recrutando especialistas nesses setores.
Rodeie-se de profissionais empreendedores e com capacidade
de iniciativa.
4-Elaboração do Plano de Negócio
É nesta fase que vai passar para o
papel todas as ideias que teve até
agora, estruturando-as. Discutir
estratégias, definir prioridades,
descartar ideias menos boas são
alguns dos passos a tomar. O
plano de negócios será o cartão
de visita da sua empresa junto
a potenciais investidores, por
isso deve expor de forma realista
como pensa transformar a ideia
num negócio exequível, sustentável e lucrativo.
Na elaboração deste plano, devem
constar os produtos/serviços que
a empresa pretende desenvolver,
políticas de distribuição, preços
e formas de promoção, tudo com
orçamentos previsíveis, dados
referentes à análise de mercado,
plano de investimentos, fontes de
financiamento, plano de tesouraria e rentabilidade do projeto.
5-Como Financiar o Projeto
Na altura de decidir, em conjunto
com a sua equipa, como o projeto
será sustentado, há várias opções
possíveis. O ideal seria financiar
com capitais próprios, mas a percentagem de empreendedores
que consegue criar uma empresa
sem recorrer a investidores externos é residual. Assim, deve estar
preparado para defender o seu
projeto junto da banca, investidores privados, business angels
ou empresas de capital de risco.
É importante ter uma estimativa
muito realista das necessidades
de capital para o arranque do
negócio. A partir daqui, será mais
fácil definir onde se deve dirigir
para conseguir esse capital. Mas,
independentemente da sua escolha, deverá ter uma estratégia
definida para atrair os investidores e convencê-los de que a
sua ideia é viável e que o projeto
está mitigado em termos de riscos, como o caso de riscos operacionais, de mercado, de equipa,
legais, tecnológicos, financeiros,
entre outros.
6- Escolher a Localização
O local que escolhe para instalar
a empresa faz toda a diferença.
Além de ser uma das primeiras
imagens que os clientes terão do
negócio, deverá adequar-se à atividade que quer desenvolver e aos targets que pretende alcançar. É
claro que a localização é mais importante em certos tipos de negócios do que noutros. No caso de
um projeto business to consumer,
que implique a existência de um
espaço comercial, a localização
poderá mesmo ser determinante.
A primeira decisão a tomar é se
vai procurar um espaço próprio
ou arrendado. Aqui não se deve
precipitar. Um erro pode causarlhe um gasto desnecessário de
dinheiro. Seja prudente nas escolhas: uma má localização, uma
área desadequada, uma renda
exagerada ou um compromisso
de arrendamento excessivamente
longo podem fazer de uma escolha aparentemente acertada um
mau investimento. De qualquer
forma, o arrendamento é sempre uma melhor opção do que a
aquisição, uma vez que, se o negócio não correr bem, não fica preso
a um ativo.
7- Criação Formal da Empresa
Uma vez ultrapassada a questão
do financiamento, deve escolher a
forma jurídica ideal para a empresa, e posteriormente avançar para
a sua constituição formal, utilizando para o efeito um dos vários
balcões “Empresa na Hora” que se
encontram espalhados pelo país.
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